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O presidente dos Estados Unidos , Joe Biden, tomou uma decisão significativa a apenas seis dias de deixar a Casa Branca, ao retirar Cuba da lista unilateral de países que patrocinaram o terrorismo. Esta medida, anunciada no dia 15 de janeiro de 2025 , também suspendeu por seis meses a possibilidade de processar indivíduos que lucram com propriedades expropriadas durante a Revolução Cubana, além de cancelar certas restrições nas transações financeiras entre cidadãos e entidades dos EUA e Cuba.
Consequências e Reações à Decisão
Embora a decisão possa ser revertida pela nova administração que assume em 20 de janeiro, especialistas apontam que as medidas, embora limitadas, têm o potencial de aliviar a crise econômica que Cuba enfrenta. O país, que viu sua população diminuir em 10% de 2022 para 2023, está lidando com uma emigração massiva, onde muitos cubanos buscam novas oportunidades nos EUA.
A Casa Branca justificou essa mudança como parte de um acordo mediado pela Igreja Católica , sob a liderança do Papa Francisco, que resultou na libertação de 553 prisioneiros em Cuba. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre , afirmou que as medidas visam criar condições que melhorem a subsistência do povo cubano, além de promover um diálogo respeitoso e civilizado entre as nações.
Reações de Cuba e do Brasil
O presidente cubano, Miguel Diáz-Canel Bermúdez , agradeceu a todos que desenvolveram para essa decisão, mas destacou que, apesar do avanço, o bloqueio econômico contra a ilha ainda permanece. Ele enfatizou a intenção de Cuba de construir uma relação respeitosa com os Estados Unidos, mesmo diante das dificuldades impostas pelo embargo econômico.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil também comemorou as medidas, considerando os atos de reposição e um passo em direção à justiça e ao direito internacional. O Itamaraty ressaltou que a inclusão de Cuba na lista de países que promovem o terrorismo era injusta e não condizia com a colaboração cubana para a paz e o diálogo regional.
Impacto na Imigração e Opiniões de Especialistas
Especialistas do Centro de Pesquisa Econômica e Política (Cerp) , com sede em Washington, consideram que essas mudanças podem ajudar a conter a imigração cubana para os EUA e aliviar as condições econômicas na ilha. A pesquisa indica que avaliações econômicas prolongadas tendem a prejudicar as populações dos países-alvo, levando muitos a emigrarem.
Cuba vive sob um bloqueio econômico desde a Revolução Cubana, em 1959, que penaliza países e empresas que buscam estabelecer relações comerciais com a ilha. Essa nova medida do governo Biden é vista como um passo em direção a uma possível reaproximação entre os dois países, embora ainda haja um longo caminho a percorrer em termos de normalização das relações.
Um Novo Capítulo nas Relações EUA-Cuba?
A retirada de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo representa uma mudança potencialmente transformadora nas relações entre os EUA e Cuba. Com a expectativa de que a nova administração possa considerar a continuidade dessas políticas, o futuro das relações entre os dois países permanece incerto, mas com a esperança de que um diálogo mais construtivo possa emergir essas novas condições.
Fonte: Agencia Brasil
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